terça-feira, 11 de agosto de 2009

AVALIAÇÃO PARA QUE?




AVALIAÇÃO PARA QUE?


Segundo nossas observações que são confirmadas por muitos autores, podemos responder à pergunta título deste artigo, apontando, que de modo geral serve: para classificar, castigar, definir o destino dos alunos de acordo com as normas escolares. Pode-se afirmar que a avaliação tem assumido, e já há muito tempo, uma função seletiva, uma função de exclusão daqueles que costumam ser rotulados “menos capazes, com problemas familiares, com problemas de aprendizagem, sem vontade de estudar, sem assistência familiar” e muitos outros termos parecidos.

De acordo com Luckesi (1999), a avaliação que se pratica na escola é a avaliação da culpa. Aponta, ainda, que as notas são usadas para fundamentar necessidades de classificação de alunos, onde são comparados desempenhos e não objetivos que se deseja atingir.

Os currículos de nossas escolas têm sido propostos para atender a massificação do ensino. Não se planeja para cada aluno, mas para muitas turmas de alunos numa hierarquia de séries, por idades mas, esperamos de uma classe com 30 ou mais de 40 alunos, uma única resposta certa.

Segundo Perrenoud (2000), normalmente, define-se o fracasso escolar como a conseqüência de dificuldades de aprendizagem e como a expressão de uma “falta objetiva” de conhecimentos e de competências. Esta visão que “naturaliza” o fracasso, impede a compreensão de que ele resulta de formas e de normas de excelência que foram instituídas pela escola, cuja execução revela algumas arbitrariedades, entre as quais a definição do nível de exigência do qual depende o limiar que separa aqueles que têm êxito daqueles que não o têm. As formas de excelência que a escola valoriza, se tornam critérios e categorias que incidem sobre a aprovação ou reprovação do aluno.

Continua Perrenoud (2000): As classificações escolares refletem às vezes, desigualdades de competências muito efêmeras, logo não se pode acreditar na avaliação da escola. O fracasso escolar só existe no âmbito de uma instituição que tem o poder de julgar, classificar e declarar um aluno em fracasso. É a escola que avalia seus alunos e conclui que alguns fracassam. O fracasso não é a simples tradução lógica de desigualdades reais. O fracasso é sempre relativo a uma cultura escolar definida e, por outro lado, não é um simples reflexo das desigualdades de conhecimento e competência, pois a avaliação da escola, põe as hierarquias de excelência a serviço de suas decisões. O fracasso é, assim, um julgamento institucional.

A explicação sobre as causas do fracasso passará obviamente pela reflexão de como a escola explica e lida com as desigualdades reais.

O universo da avaliação escolar é simbólico e instituído pela cultura da mensuração, legitimado pela linguagem jurídica dos regimentos escolares, que legalmente instituídos, funcionam como uma vasta rede e envolvem totalmente a escola. (Lüdke; André, M. 1986)

Compreender as manifestações práticas da prática avaliativa é ao mesmo tempo compreender aquilo que nela está oculto.

Temos ciência de que esta exclusão no interior da escola não se dá apenas pela avaliação e sim pelo currículo como um todo (objetivos, conteúdos, metodologias, formas de relacionamento, etc.). No entanto, além do seu papel específico na exclusão, a avaliação classificatória acaba por influenciar todas as outras práticas escolares.

O que significa em termos de avaliação um aluno ter obtido nota 5,0 ou média 5,0? E o aluno que tirou 4,0? O primeiro, na maioria das escolas está aprovado, enquanto o segundo, reprovado. O que o primeiro sabe é considerado suficiente. Suficiente para que? E o que ele não sabe? O que ele deixou de “saber” não pode ser mais importante do que o que ele “sabe”? E o que o aluno que tirou 4,0 “sabe” não pode ser mais importante do que aquilo que não “sabe”?

Acreditar que tais notas ou conceitos possam por si só explicar o rendimento do aluno e justificar uma decisão de aprovação ou retenção, sem que sejam analisados o processo de ensino-aprendizagem, as condições oferecidas para promover a aprendizagem do aluno, a relevância deste resultado na continuidade de estudos, é, sobretudo, tornar o processo avaliativo extremamente reducionista, reduzindo as possibilidades de professores e alunos tornarem-se detentores de maiores conhecimentos sobre aprendizagem e ensino.

A avaliação, unicamente, “medida”, ranço do positivismo, mais oculta e mistifica do que mostra, ou aponta aquilo que deve ser retomado, ser trabalhado novamente e de outra forma, o que é imprescindível que o aluno conheça. Também não podemos nos esquecer dos instrumentos utilizados para avaliar (confundida com mensuração), que fundamentam este processo decisório e necessitam de questionamentos, não só quanto a sua elaboração, mas, quanto à coerência e adequabilidade com o que foi trabalhado em sala de aula e o modo com que o que vai ser avaliado foi trabalhado.

Avaliar exige, antes que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam os critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos, inclusive aqueles referentes à coleta de dados, comparados e postos em cheque com o contexto e a forma em que foram produzidos.

Para Hadji (2001), a passagem de uma avaliação normativa para a formativa, implica necessariamente uma modificação das práticas do professor em compreender que o aluno é, não só o ponto de partida, mas também o de chegada. Seu progresso só pode ser percebido quando comparado com ele mesmo: Como estava? Como está? As ações desenvolvidas entre as duas questões compõem a avaliação formativa.

A função nuclear da avaliação é ajudar o aluno a aprender e ao professor, ensinar. (Perrenoud, 1999), determinando também quanto e em que nível os objetivos estão sendo atingidos. Para isso é necessário o uso de instrumentos e procedimentos de avaliação adequados. (Libâneo, 1994, p.204).

O valor da avaliação encontra-se no fato do aluno poder tomar conhecimento de seus avanços e dificuldades. Cabe ao professor desafia-lo a superar as dificuldades e continuar progredindo na construção dos conhecimentos. (Luckesi, 1999)

No entender de Luckesi (1999, p.43) “para não ser autoritária e conservadora, a avaliação tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o instrumento dialético do avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos rumos”. Na página 44, coloca o autor “a avaliação deverá verificar a aprendizagem não só a partir dos mínimos possíveis, mas a partir dos mínimos necessários”[1]. Enfatiza também a importância dos critérios, pois a avaliação não poderá ser praticada sob dados inventados pelo professor, apesar da definição desses critérios não serem fixos e imutáveis, modificando-se de acordo com a necessidade de alunos e professores.

Modificar a forma de avaliar implica na reformulação do processo didático-pedagógico, deslocando também a idéia da avaliação do ensino para a avaliação da aprendizagem.

Saviani, (2000, p.41), afirma que o caminho do conhecimento “É perguntar dentro da cotidianidade do aluno e na sua cultura; mais que ensinar e aprender um conhecimento, é preciso concretizá-lo no cotidiano, questionando, respondendo, avaliando, num trabalho desenvolvido por grupos e indivíduos que constroem o seu mundo e o fazem por si mesmos”.

“O importante não ‘é fazer como se’ cada um houvesse aprendido, mas permitir a cada um aprender”[2]. (Perrenoud, p. 165, 1999)

Avaliar deve servir para cada vez mais permitir a cada um aprender!

Referências Bibliográficas:

HADJI, C. Avaliação demistificada. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.

LIBÂNEO, J.C. Didática. 15.ed. São Paulo: Cortez, 1999.

LUCKESI. C.C.Avaliação da aprendizagem escolar. 9. ed.São Paulo: Cortez, 1999.

LüDKE, M;. André, M.E.D A. pesquisa em educação: abordagens qualitativas.6.ed.São Paulo: EPU, 1986

Perrenoud, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999.

_________. 10 novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Saviani. D. Saber escolar, currículo e didática. 3.ed.Campinas: Autores Associados, 2000.




Vera Lúcia Camara Zacharias é mestre em Educação, Pedagoga, consultora educacional, assessora diversas instituições, profere palestras e cursos, criou e é diretora do CRE.

CORAÇÃO DE ESTUDANTE - Milton Nascimento


SER ESTUDANTE

Ser estudante é pensar no amanhã
É despertar para um mundo melhor
É pensar em um futuro promissor
E sentir na alma a vontade de vencer
Enriquecendo-se de verdadeiros conhecimentos
culturais,tecnológicos,dedicação,pesquisa e saber.
Ser estudante é ser vibrante em suas leituras
Ser acertante em suas convicções
Buscando o caminho de retidão para o amanhã.
Ser estudante é não ter medo de errar
Mas procurando consertar o que ficou de errado
Ser estudante é despertar a eloquência divina
Que um dia lhe foi concedida para lutar e vencer.
Uma luta de harmonia,sabedoria,amor,ternura
Trilhando belos caminhos na arte de raciocinar
E ensinar o produto somatório do seu formoso aprendizado
A futura gerações que com certeza virão precisando aprender.

José Antonio Silva da Cruz

terça-feira, 23 de junho de 2009

CURSO LUMINARIAS DE LAMINADOS IMPORTADOS





CURSO LUMINARIAS DE LAMINADOS IMPORTADOS

CONTEUDO
-Laminados Importados de 0,6 e 5mm
-Modelagem com Soprador Termico
-Colagens
-Construção de uma Luminaria

CARGA HORARIA
10 horas

DATA
Definida pelo interessado

TURMA
Individual

HORARIO
Das 8:00 as 20:00 horas

VALOR R$ 250,00

LOCAL
Rua Dr.Raul da Rocha Medeiros, 115
Tatuape - Sao Paulo - SP
Proximo ao Metro Carrão

INFORMAÇÕES
11-20918038
11-84541587
caumelo@gmail.com
Carlos Melo

sexta-feira, 12 de junho de 2009

CURSO TECNICAS BASICAS DE TRABALHAR O BAMBU ARTESANALMENTE



CURSO TECNICAS BASICAS DE TRABALHAR O BAMBU ARTESANALMENTE
ATELIER CARLOS MELO/SP

CONTEUDO PROGRAMATICO;
-Tratamento a Fogo
-Técnicas de serrar, cortar, furar, lixar, ferramentas manuais e elétricas,
-Encaixes e travamentos
-Acabamentos

PRODUTOS POSSIVEIS DE FAZER COM AS TECNICAS,
- Artesanatos em Geral
-Luminárias
-Objetos decorativos
-Estruturas
-Moveis
-Instrumentos Musicais
DATA
13 E 14 de Junho de 2009(sábado e domingo o dia todo)
CARGA HORARIA
16 horas
HORARIO
das 8;00 as 12;00 e das 13;00 as 19;00hs
TURMA; 05 alunos
CD CO APOSTILAS;
-Arquitetura em Bambu( Rubens Cardoso Jr.),
-Cartilha de Fabricação de Moveis (Inbambu/Raphael Vasconcellos)
-Apostila de Fabricação de Instrumentos Musicais ( Inbambu/CarlosMelo)
- Manual do Construtor ( Oscar Hidalgo Lopes)
-Design no Artesanato ( Carlosmelo/Unitrabalho)

VALOR R$250,00
Inscrição mediante deposito de 50% do valor na conta ....sua conta
E mandando o recibo do deposito via e-mail...
Em caso de desistência o valor não será devolvido,

caumelo@gmail.com
carlosmelo55@gmail.com
11-84541587
http://bambuzal.tripod.com

terça-feira, 17 de março de 2009

O PODER DA VISÃO - MUDANÇA DE VIDA


quarta-feira, 4 de março de 2009

RÁDIO ESCOLAR

Na realidade brasileira o rádio não é uma mídia ultrapassada como alguns podem imaginar, pelo contrário, é a mídia mais utilizada e abrange todas as classes sociais. O desenvolvimento tecnológico tem causado profundas modificações culturais que podem trazer melhorias sociais, sobretudo quando se ampliarem as oportunidades de apreensão do saber por meio das variadas mídias existentes, dentre elas o rádio. No campo educacional, as novas tecnologias potencializam as mais remotas, integrando-se a elas e proporcionando uma democratização da produção e recepção do conhecimento e das informações.

O aumento da interatividade dos meios de comunicação exige o desenvolvimento de habilidades específicas pelos seus usuários, sobretudo no contexto educacional. Dessa forma, a implementação de uma rádio escolar tem como princípio uma educação para, sobre e na mídia. Para isso é preciso haver a gestão coletiva e democrática dos recursos, da programação e do saber-fazer, para que a rádio escolar represente a totalidade dos envolvidos na escola e contribua para o pleno exercício da cidadania.

Para criar uma rádio escola um dos primeiros passos, além de decidir o nome da rádio, é construir um projeto que esteja vinculado ao projeto pedagógico da escola. O projeto deve contemplar os objetivos da rádio, a divisão de responsabilidades e que tipo de programação será veiculada. Para definir o formato da programação é preciso decidir se os programas serão noticiários, musicais, humorísticos, educativos, e distribuí-los ao longo do tempo que a rádio estará no ar.

Em um programa que trate de variedades com duração de 20 minutos, por exemplo, podem ser destinados cinco minutos para as notícias, cinco para músicas e um para o intervalo comercial. E então, na segunda parte do programa, pode haver uma entrevista de três minutos, dois minutos para prestação de serviços (avisos, recados, divulgação de eventos, achados e perdidos, etc), e mais quatro minutos de música.

Para se montar uma rádio na escola são necessários alguns equipamentos para organizar uma estrutura que possibilite ter uma rádio escola completa, a saber:

1. microsystem: com CD player, rádio, toca-fitas e entrada para microfone. Utilizado para reproduzir sons e gravar aquilo que não entrará ao vivo, como vinhetas e comerciais;

2. fone de ouvido: provê o retorno do som em execução para a pessoa que está no comando do som;

3. radiogravador: aparelho acessório que pode ter seu uso alternado com o microsystem, assim enquanto um é utilizado pode-se preparar a próxima execução;

4. caixa acústica: sistema de alto-falantes instalado em locais estratégicos da escola para reproduzir o que está sendo veiculado no estúdio, quatro caixas de cem watts serve um espaço para aproximadamente cem pessoas;

5. microfone: utilizado para captar a voz do responsável pela locução; 6. mesa de som e potência: em que são conectados o microsystem, o microfone, os fones de ouvido e o radiogravador. É da mesa que sai a fiação para as caixas de som.


Autor(a): Gabriela E. Possolli Vesce
Categorias: Educação Comunicação
Publicado em 12/08/2008

terça-feira, 3 de março de 2009

BLOG COMO FERRAMENTA DIDÁTICA

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domingo, 1 de março de 2009

LEITURA E ESCRITA: UM DIÁLOGO








MANUAL DA NOVA ORTOGRAFIA


segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

FORMAÇÃO DE PROFESSORES - BERNARDETE GATTI
























Fonte: ESCOLA http://revistaescola.abril.com.br/multimidia/pag_video/formacao-professore-bernadete-gatti-parte-1-307317.shtml