quinta-feira, 5 de julho de 2007

O PPP DA ESCOLA

O PPP DA ESCOLA

Projetos são práticas de vida cotidiana, fazem parte de nossa caminhada enquanto ser humano. Sabemos que se agirmos aleatoriamente sem traçar metas os nossos objetivos poderão não ser alcançados. E projetos de vida são importantes para termos uma projeção de determinadas ações, para não incorrermos no erro de cairmos em algumas ciladas; principalmente financeira.
Em todas as situações temos que nos preocupar com a nossa melhoria de vida, de ações, de qualidade vinculada a nossa própria capacidade e capacitação para dar conta daquilo que esta sendo executado agindo de forma que encontremos um ponto, um norte para a efetivação do projeto.
Projetar metas na e para a educação é necessário para agirmos a contento no decorrer de um ano letivo.
Segundo PADILHA, estamos na era do projetite. Em se tratando de projetos de ação educativa concordo plenamente com ele na medida em que alguns não o vê com a seriedade que este merece. Sendo este de ação individual ou coletiva, deve haver um estudo dos problemas (diagnóstico), uma pesquisa bibliográfica ou de campo para traçar possíveis apontamentos para colocar o projeto em ação.
O ideário da educação é formar cidadãos humanitários conduzindo-os para o fortalecimento do desenvolvimento dos conhecimentos científico. Estes conhecimentos, permeiam as ações escolares; apontando conceitos que viabilizam as resoluções pedagógicas explicitadas no PPP (Projeto Político Pedagógico). O PPP é um documento que mostra a cara da escola, norteia as suas ações administrativas, políticas, jurídicas e pedagógicas.
Toda escola deve construir o seu PPP coletivamente. Uma vez construído, a cada início de um novo ano letivo, deve ser feito um estudo do mesmo para readequá-lo a nova realidade; eliminando o que não é mais viável e acrescentando o roteiro de novas ações. Porém, considerando os resultados das avaliações feitas na esfera municipal, estadual e nacional; os projetos educativos executados no ano anterior que; na discussão coletiva percebeu-se a necessidade de continuá-lo porque atende a demanda da nova clientela; como por exemplo: um projeto de leitura que deu certo nos primeiros anos do Ensino Fundamental é de suma importância que se torne um projeto de caráter pré-permanente.
Nas minhas andanças pelas escolas pertencentes ao pólo de Tangará da Serra, verifiquei que a maioria destas tem o PPP desatualizado e, que há uma grande parcela de professores que não o conhece, porque não ajudou a elaborá-lo ou readaptá-lo e nunca o teve disponível para folheá-lo.
Em alguns momentos, ocorrem imprevistos ou até mesmo acontecimentos que fogem daquilo que havíamos traçados em nosso projeto; seja ele um projeto de vida ou educativo; assim faz-se necessário; reavaliar, criarmos um novo roteiro que nos auxilie no alcance dos velhos ou novos objetivos propostos.
Dentre muitos aspectos importantes; o PPP da escola possibilita aos envolvidos no processo educativo dentre estes o conhecimento e o domínio da realidade da escola, em seus diferentes níveis, perpassando por várias etapas da Educação Básica: Educação Infantil, Ensino Fundamental, EJA (Educação de Jovens e Adultos) e Ensino Médio. Considerando este conhecimento; o professor sabe o momento certo de intervir diante de seus alunos abordando assuntos tremendamente compromissados com a realidade global; cumprindo com o seu papel de educar, formar cidadãos decididos, onde o mundo futuramente terá acesso as suas contribuições nas formulações tanto para os problemas da educação como aos problemas do país.

Rosivete Oliveira da Silva – Professora Formadora de Alfabetização do CEFAPRO

Profª Vera Fascio Fascio
Coordenadora de Formação Continuada
CEFAPRO



O PEDAGOGO: FUNÇAO E FORMAÇÃO

O PEDAGOGO: FUNÇÃO E FORMAÇÃO

Rosivete Oliveira da Silva

PEDAGOGO: Pessoa que se dedica a Pedagogia; mestre; educador.
PEDAGOGIA: Arte e ciência da educação e da instrução, ou seja, é a ciência que estuda a educação.
Às vezes tomamos a palavra “pedagogia” em um sentido lato; trata-se da pedagogia como o campo de conhecimentos que abriga o que chamamos de “saberes da área da educação”. Mas, de fato é no sentido estrito que a pedagogia nos deve interessar, esta ligada as suas origens na Grécia antiga.
A denominação (Pedagogia) tem origem na Grécia antiga, pedagogo era o escravo responsável pela instrução da criança; este não era exclusivamente o instrutor, ao contrário era um condutor, alguém responsável pela melhoria da conduta geral do estudante; moral e intelectual. Se a criança precisasse de especialistas para a instrução ele a conduziria.
De acordo com José Carlos Libâneo (Drº em filosofia e história da educação pela PUC-SP), a pedagogia atualmente perpassa toda a sociedade extrapolando o âmbito escolar formal abrangendo novos espaços na sociedade; nos meios de comunicação, nas Ongs, etc; estamos assistindo a redescoberta do pedagogo. Por outro lado em alguns setores da sociedade a definem como uma formação profissional não elitizada. A atual realidade quebra a idéia de que o pedagogo está apto para exercer suas funções somente dentro da sala de aula. Onde houver uma prática educativa, existe aí uma ação pedagógica.
Para subsidiar a discussão sobre o papel o pedagogo (a) como profissional da educação hoje. Devemos pensar o papel desse profissional nos tempos atuais exige que reflitamos sobre elementos que medeiam à formação construção desses papéis, essa análise pode nos possibilitar a compreensão sobre os capitais de saberes, de saber fazer e de saber ser que acompanham a experiência do ser pedagogo. Nessa perspectiva de formação para o século XXI é que se busca uma nova qualidade de formação do ser pedagogo na era do conhecimento, da valoração humana do conhecer, saber fazer, viver juntos e aprender a ser.
O campo de atuação do pedagogo na escola é amplo (diretor, professor, supervisor, orientador, consultor), pode também trabalhar em empresas públicas e privadas.
O pedagogo é especialista em educação por excelência, ou seja, é aquele que detém os métodos e técnicas a ser utilizada no processo ensino-aprendizagem.
Porém, neste pequeno ensaio vamos nos reportar aqui apenas ao pedagogo escolar: Pedagogo-administrador, Pedagogo-coordenador ou Supervisor pedagógico e Pedagogo-orientador.
PEDAGOGO ADMINISTRADOR: Ao pedagogo-administrador, é necessário além de dominar as técnicas da administração, deve conhecer o contexto sócio político-cultural da sociedade local. Este é conhecido como o diretor escolar; o gestor,; o animador e avaliador; que deve ter competência técnica pedagógica para fazer fluir o sucesso do processo ensino –aprendizagem.

PERDAGOGO COORDENADOR: O pedagogo coordenador ou supervisor tem a função de auxiliar o corpo docente na utilização dos recursos didáticos, na metodologia adequada de transmissão do conteúdo, no tipo de avaliação a ser adotada vinculando teoria e prática entre as áreas do conhecimento.
Para propor alternativas eficazes ao corpo docente o coordenador deve conhecer todos os problemas e recursos disponíveis na escola.

PEDAGOGO ORIENTADOR: O pedagogo orientador tem a função de assistir o aluno e toda a equipe que está envolvida no processo ensino-aprendizagem apontando caminhos para a superação ou redução da evasão escolar e reprovação. Para que este faça um bom trabalho é necessário dar-lhe condições; é impossível realizar um bom trabalho com um número elevado de alunos para atendimento.
Em 15 de maio de 2006, o CNE publicou a RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1 que Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Esta Resolução em seu art. 20 da abertura para que o pedagogo exerça outras funções além das de docência na Educação Infantil e séries iniciais quando diz que: “as Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia aplicam-se à formação inicial para o exercício da docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, e em cursos de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos.” Observe a parte grifada do texto acima.
A LDB 9.394 de 20 de dezembro de 1996 – art. 62, promovendo a formação de docentes para atuar na educação Básica em curso de licenciatura de graduação plena, e conforme o art. 64, formando profissionais da educação em curso de graduação em pedagogia.
Afirma EDWARDS (1999:294): “uma sociedade humana parece ser um pré-requisito necessário para ter-se escolas humanas, onde os professores sejam capazes de aprender com as crianças e com seu ambiente”.

“O método é letra morta; a ele o professor deve acrescentar a cor, o movimento, a vida. Para um professor existem dois sujeitos a serem estudados: as crianças e ele mesmo. Duas coisas para a sua realização: a educação delas e sua própria.”
Marie Carpentier

Conclui-se que a pedagogia tem um lugar diferenciado das outras ciências da educação; esta consegue integrar nas diversas ciências em razão de uma aproximação global aos problemas educativos. Ela continua na conquista de desenvolvimento para o sujeito possibilitando-lhe ser capaz de construir pensamentos autônomos e criativos na busca da razão crítico-social.

Rosivete Oliveira da Silva – Professora Formadora do CEFAPRO na área de Alfabetização

Profª Vera Fascio Fascio
Coordenadora de Formação Continuada
CEFAPRO

domingo, 1 de julho de 2007

SALA DE PROFESSOR: Um Novo Olhar Data: 04/07 4ª feira 13:30 h


COMPETÊNCIAS NA FORMAÇÃO CONTINUADA

Conceito: - pode estar sendo compreendido de inúmeras formas, faz-se necessária uma discussão sobre as concepções que estão por trás de determinadas propostas de formação, tanto a partir da sua relação com a natureza da atuação profissional dos professores, quanto no que se refere aos processos pelos quais as competências são construídas por eles.
São competências consideradas como “condições” para que o professor possa ser um sujeito ativo no seu desenvolvimento profissional: Tematizar a prática; Utilizar a leitura e a escrita para o desenvolvimento profissional; Trabalhar em equipe; gerenciar sua própria formação.

Tematizando a Prática
As competências não devem ser confundidas com habilidades, atitudes ou um “saber fazer” específico, elas se manifestam em situações singulares que demandam uma intervenção dos professores. Isto é, quando precisam tomar decisões em contextos complexos, como são aqueles que enfrentam diariamente com os alunos.
A tematização da prática ocorre quando se toma a atuação do professor como objeto de reflexão em toda a sua complexidade.
A competência não reside nos recursos (conhecimentos, capacidade...) a serem mobilizados, mas na própria mobilização desses recursos. A competência pertence à ordem do saber “mobilizar”. Para haver competência, é preciso que esteja em jogo um repertório de recursos (conhecimentos, capacidades cognitivas, capacidades relacionais...). Lembrando sempre que uma competência não é simplesmente um conjunto de saberes ou habilidades, mas é a capacidade de pôr em uso esses conhecimentos em uma situação e um contexto particular.
Tematizar a prática significa refletir sobre o que está ocorrendo em sala de aula, e tomar decisões sobre a melhor forma de orientar as aprendizagens dos alunos.Tematizar a prática significa, ainda, ter um professor sempre atento para as propostas que desenvolve em sala de aula.

Utilizando a leitura e a escrita
A leitura e a escrita pelo professor são fundamentais para o desenvolvimento profissional, no entanto percebemos a dificuldade que os professores possuem tanto na leitura quanto na escrita. Para compreender esta dificuldade, é necessário considerar a falta de uso destas em seu cotidiano. È necessário que o professor experimente tipos de uso que se pode fazer a linguagem escrita no contexto profissional, para que esta possa ser instrumento de seu desenvolvimento, profissional.
São muitas as situações possíveis do uso da escrita: relatar suas experiências e observações, registrar suas idéias, anotar suas dúvidas, escrever para planejar as atividades e para avaliar o trabalho realizado, escrever para organizar uma fala, anotar idéias centrais, etc.
Quanto mais se lê, mais se desenvolvem estratégias de leitura e a tarefa de ler se torna mais fácil; mas em relação à produção de textos, muitos escritores profissionais, declaram sentirem-se incomodados com a distância entre o que gostariam de expressar e o que de fato conseguem escrever; portanto, quanto mais se escreve mais se tem consciência das dificuldades envolvidas na tarefa.

Trabalhando em equipe

Trabalhar coletivamente se aprende, é resultado de uma vivência positiva na qual são consideradas e enfrentadas as dificuldades de ouvir e ser ouvido, de se colocar no lugar do outro para poder compreendê-lo, de apresentar suas dúvidas, de respeitar os conhecimentos do outro, ainda que se discorde deles, de se apropriar das discussões do grupo, de ter uma atitude solidária com os colegas, etc.
Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros: sem dúvida, esta aprendizagem representa hoje em dia, um dos maiores desafios da educação (Jascques Delors, p. 96-98).

Como desenvolver a competência de trabalhar em grupo?

A conduta escolhida por um grupo pode determinar o tempo de vida de uma equipe. Pode limitar-se a trocas e discussões de idéias e de práticas no interior de um grupo, sem que haja o exercício da decisão. Essa prática certamente possibilita o desenvolvimento da competência comunicativa.
É preciso, pois, por outro lado, verificar se são sempre os mesmos participantes que falam que dão o seu “recado”.
Em todos os níveis do desenvolvimento da competência do trabalho em equipe, é preciso que cada membro encontre seu espaço nas relações interativas, proteja sua parcela de fantasia e até mesmo as suas neuroses, garanta a sua autonomia, a sua identidade pessoal e profissional.
Trabalhar em equipe é uma questão de competência, adotando a cooperação como projeto de vida e de trabalho.
As transformações pelas quais a sociedade vem passando, inevitavelmente, implicam mudanças na escola e na educação escolar. Entretanto, as iniciativas tomadas pelas administrações públicas nesse sentido nem sempre têm alcançado os efeitos, e só terão eficácia se tiverem como meta melhorias relacionadas ao mesmo tempo: ao desenvolvimento profissional e às condições institucionais necessárias para um trabalho educativo sério; à infra-estrutura material; a valorização profissional real.

A formação contínua de professores- novas tendências e novos caminhos

A busca da qualidade de ensino na formação básica voltada para a construção da cidadania, para uma educação sedimentada no aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser e para as novas necessidades do conhecimento, exige necessariamente, repensar a formação inicial de professores, bem com a formação continuada desse profissional. A formação continuada de docentes é um tema complexo e que pode ser abordado a partir de diferentes enfoques e dimensões.

Modelos de educação continuada

O modelo clássico de formação continuada para docentes traduz-se no que vem sendo feito historicamente nas iniciativas de renovação pedagógica. A ênfase é dada na atualização da formação recebida, o profissional volta á universidade para renovar seus conhecimentos em programas de atualização, aperfeiçoamento, programas de pós-graduação de latu sensu e strictu sensu , participando de cursos, simpósios, congressos e encontros voltados para o seu desenvolvimento profissional.
Candau (1999), destaca quatro modalidades: convênios entre universidades e secretarias de educação; cursos à distância; ações promovidas por órgãos responsáveis pelas políticas educacionais; ação de apoio às escolas. São modalidades que não inovam na sua prática, apenas canalizam espaço e tempo para a formação nos moldes já consagrados.
A formação continuada de professores e as novas tendências tratam de uma formação voltada para o professor reflexivo e tem como eixo central a própria escola. Desse modo, desloca-se o eixo da formação de professores da universidade para o cotidiano da escola de educação básica. Tal perspectiva rompe com a concepção de formação continuada concebida como um meio de acumulação de cursos, conhecimentos ou técnicas. È entendida como um trabalho reflexivo da prática docente, como uma forma de reconstrução permanente de uma identidade pessoal e profissional em interação mútua com a cultura escolar, com sujeitos do processo e com os conhecimentos acumulados sobre a área da educação.
Alguns pesquisadores sobre a formação continuada de professores revelam que, nessas tendências inovadoras, destacam-se três eixos que norteiam a prática docente: a escola deve ser vista como lócus de formação continuada; valorização dos saberes das experiências docente; a consideração do ciclo de vida dos docentes.
Kramer 1989, questiona as propostas de formação continuada no Brasil que ainda privilegiam a formação profissional desconhecendo, por vezes, a pessoa ou o cidadão em formação. MARIN (2002) é ousada, para ela a formação continuada de professores deveria transformar a escola em espaço de troca e de reconstrução de novos conhecimentos.
A universidade como lócus de produção ocupa um lugar social almejado. Ela sempre tem o que dizer e sempre tem alguém que a deseja ouvir. No entanto, diante do quadro social, em relação à efetividade da escola de educação básica, o que dizer da nossa produção em relação á formação inicial?
O lugar social da universidade sempre foi reforçado pela noção clássica de conhecimentos, concepção por ela cultivada. No entanto, as críticas que recaem sobre as práticas pedagógicas da escola de Educação Básica revelam que os processos de ensino não são efetivos quando privilegia a memorização, a compreensão da ciência como um processo revestido de neutralidade, característicos de uma relação de pouco diálogo com os conteúdos das práticas curriculares e o cotidiano.
Assim, torna-se possível dizer que atualmente, os cursos de formação continuada desempenham o importante papel de suprir deficiências e carências da formação inicial, havendo necessidade de assumirmos os diferentes modelos, estar atentos à formação de um educador-docente, que tenha capacidade para pensar dentro de um campo científico específico, mas deve saber ainda identificar modos de organização desse campo, saber construí-lo e apresentá-lo em diferentes contextos de aprendizagem. Precisa reconhecer e entender a diversidade cultural da nossa sociedade.

Aspectos que podem interferir ou auxiliar na construção das ações de formação

Alternativas para desenvolvimento de projetos de formação continuada:
· Participação voluntária;
· Existência de material de apoio;
· Coerência e integração conteúdo-metodologia.
Itens que valeria serem considerados na organização das propostas:
· Organização dos espaços e tempos de formação e condição de trabalho;
· Forma de oferecimento: limitação do número de vagas;
· Apoio aos gestores;
· Envolvimento do professor potencializa as mudanças;
· Alterações na postura pessoal;
· Alterações nas escolhas pedagógicas ou nos conteúdos curriculares;


Resumo apresentado por: Professora Rosângela Maria Ferreira Aguiar - Formação continuada Sala de Professor no Cefapro

Profª Vera Fascio Fascio
Coordenadora de Formação Continuada
CEFAPRO